O jovem de 20 anos que foi preso, nesta sexta-feira (22), suspeito de participar do assassinato do motorista por aplicativo Márcio Vieira Rocha, em Maceió, prestou depoimento à Polícia Civil. Ele chorou e disse que a vítima pediu para não ser morta. Apesar de assumir a participação no crime, ele nega ter matado o motorista, e atribuiu o crime a um colega, que está foragido. A Polícia Civil busca o outro suspeito de participar do crime.
Márcio Vieira Rocha, de 38 anos, foi morto com mais de 20 golpes de arma branca. O corpo dele foi encontrado próximo ao carro em uma área de canavial, no bairro do Benedito Bentes. Após a morte da vítima, motoristas de aplicativos realizaram um protesto pedindo mais segurança (confira o vídeo no final do texto). Trechos das principais vias da capital alagoana foram fechados na manhã desta sexta-feira (22).
De acordo com o jovem, ele que chamou a corrida pela conta que tem em um aplicativo de viagens. Ele relatou ainda que assim que a dupla entrou no carro, no Conjunto Village Campestre, o motorista foi rendido. Eles ficaram dando voltas pela cidade, chegando a ir até Rio Largo, região metropolitana de Maceió, enquanto roubavam os pertences de Márcio Vieira Rocha.
O suspeito explicou que após o motorista ser rendido, ele passou a conduzir o veículo.
“A partir daí, o outro suspeito utilizou a faca para torturar Márcio, pedindo para que ele mandasse pix, falasse onde tinha dinheiro, onde estava o relógio, a corrente e o celular. A vítima pedia para não ser morta e eu falei que ele não ia morrer, que a gente só queria o dinheiro e os pertences dele. Só que o outro suspeito estava muito ‘afoito’ para querer fazer algo com o Márcio. Ele fez, na verdade, foi ele quem fez. Eu não dei facada, eu não fiz nada. Ele quem deu a facada no cara”, contou ele chorando em depoimento.
O jovem que foi preso disse ainda que os dois haviam consumido drogas, e que Márcio disse que era evangélico e pediu para não ser morto.
“Ele amarrou [o Márcio] com corda. Ele desce em fachada [de prédios], então ele sabe dar aqueles nós bem ‘seguros’, sabe? Enquanto ele torturava o cara, a gente ficou rodando a cidade para não ficar parado. No meu pensamento a gente ia soltar o cara. [O plano] Era soltar o cara, abandonar o carro, deixar o cara amarrado e ir embora. Mas aí ele começou a matar o cara quando a gente parou o carro no canavial”, contou o suspeito.
Ainda segundo o depoimento, o outro suspeito além de cometer o homicídio foi o responsável por tentar atear fogo ao carro e destruir as provas.
Fonte: G1