As duas explosões ocorreram em um intervalo de 20 segundos por volta das 19h30. A área em frente ao STF foi isolada. Natuza Nery explica como explosões próximas ao STF aconteceram
O homem que morreu nas explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quarta-feira (13) jogou um explosivo embaixo da marquise do prédio, mostrou os artefatos presos ao corpo a um vigilante, deitou-se no chão e acionou um segundo explosivo próximo à cabeça. O homem morreu.
Um carro também explodiu no estacionamento do Anexo 4 da Câmara dos Deputados.
O blog apurou com uma testemunha próxima dos fatos a ordem dos acontecimentos:
O homem joga um artefato explosivo embaixo da marquise do STF;
Antes de explodir o segundo artefato, o homem teria aberto uma parte da roupa e mostrado que tinha artefatos explosivos junto ao corpo;
O homem não teria falado nada. Em seguida, jogou um pano na estátua da Justiça, que fica em frente ao STF;
Ele se deita no chão, acende um segundo artefato, coloca na nuca e explode.
Por conta da suspeita de o corpo ainda ter explosivos, a polícia toma cautela e usou cães farejadores para criar um perímetro e verificar a existência dos artefatos no local. Também há a suspeita de que possa haver artefatos explosivos em uma mochila.
As duas explosões ocorreram em um intervalo de 20 segundos por volta das 19h30. A área em frente ao STF foi isolada. Ainda não há informações sobre o que provocou as explosões.
O blog apurou com pessoas próximas à operação que está sendo verificada a conexão do homem com a explosão de um carro no Anexo 4 da Câmara dos Deputados.
Segundo o delegado-geral da Polícia Civil de Santa Catarina, Ulisses Gabriel, o registro do carro está em nome de Francisco Wanderley Luiz. Ele foi candidato a vereador pelo PL em 2020 em Rio do Sul, mas não se elegeu.
No porta-malas do veículo, havia fogos de artifício e tijolos.
A PF abriu inquérito para apurar as causas das explosões. Por considerar a possibilidade de um novo ataque aos Três Poderes, a PF vai encaminhar o inquérito ao ministro do STF Alexandre de Moraes, relator da investigação sobre os atos golpistas de 8 de janeiro. O caso é tratado como gravíssimo.
Fonte: G1