Executado no Aeroporto de Guarulhos, o delator do PCC, Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, levava uma mala com joias de luxo avaliadas em mais de R$ 1 milhão no momento do crime, ocorrido na sexta-feira (8). As joias, segundo a polícia, eram certificadas por joalherias renomadas, incluindo Bulgari, Cristovam Joalheria, Vivara e Cartier. A mala continha 38 itens valiosos, incluindo anéis, pulseiras, colares e brincos com pedras preciosas.
Além das joias, Gritzbach trazia consigo um relógio Rolex, um celular e um notebook Apple, além de R$ 620 em espécie. Todo o material foi recolhido pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investiga o caso e busca entender a origem das joias e sua possível relação com o crime.
Fontes policiais indicam que Gritzbach teria ido a Maceió para cobrar uma dívida antes de retornar a São Paulo, onde foi morto a tiros ao sair do Terminal 2 do aeroporto. Dois homens, que chegaram em um carro preto, efetuaram pelo menos 29 disparos, dos quais 10 atingiram a vítima em várias partes do corpo. Até o momento, os suspeitos seguem foragidos.
O corpo de Gritzbach foi sepultado neste domingo (10) no Cemitério Parque Morumby, em São Paulo, em cerimônia restrita à família. A ausência dos seguranças do empresário no momento do crime, todos policiais militares, levanta suspeitas entre os investigadores. Em depoimento, dois deles alegaram falha mecânica no carro e uma necessidade de retorno para um posto de combustível. Contudo, a polícia apura a veracidade dessa versão, considerando a possibilidade de uma falha proposital.
O empresário havia firmado um acordo de delação com o Ministério Público de São Paulo em março, comprometendo-se a revelar informações sobre esquemas de lavagem de dinheiro do PCC. Ele também havia denunciado corrupção entre policiais civis e detalhado atividades de integrantes da facção.
A investigação continua e inclui a análise de câmeras de segurança, além do exame das armas abandonadas pelos suspeitos em um ponto a 7 km do aeroporto.