Em um movimento político significativo, o governo do recém-eleito presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta quarta-feira (30/10) a demissão de Diana Mondino do cargo de ministra das Relações Exteriores. A decisão surgiu em resposta ao apoio de Mondino a uma resolução da Assembleia Geral da ONU que pediu o fim do embargo econômico imposto pelos Estados Unidos a Cuba. Esta ação de Mondino, que divergiu da posição americana, culminou em sua exoneração, marcando o primeiro grande realinhamento diplomático sob a administração Milei.
A etapa pós-eleições de 2023 na Argentina parece estar redefinindo a agenda política externa do país. Segundo um comunicado do gabinete presidencial, a nova fase requer uma política externa que personifique os “valores de liberdade, soberania e direitos individuais”, pilares das democracias ocidentais. Esse posicionamento explícito contra a ditadura cubana destaca o direcionamento desejado por Milei em suas relações internacionais.
Quem substituirá Diana Mondino?
Gerardo Werthein, embaixador da Argentina nos Estados Unidos, foi anunciado como o novo chefe da pasta das Relações Exteriores. Sua nomeação sugere um alinhamento mais estreito com os interesses americanos e uma potencial revisão das relações do país com regimes que violem direitos humanos. Werthein é visto como uma escolha estratégica, dada sua experiência diplomática e relações com Washington
Como votou a Assembleia Geral da ONU sobre Cuba?
A resolução apresentada por Cuba na Assembleia Geral da ONU, que pede o fim do embargo econômico dos Estados Unidos, foi amplamente apoiada por 187 países. Apenas os Estados Unidos, Israel foram contrários à proposta, enquanto a Moldávia se absteve. A votação reflete o contínuo debate internacional sobre a política de embargo a Cuba, que muitos consideram uma questão de direitos humanos.
O que essa decisão de Milei significa para a diplomacia argentina?
A saída de Mondino e a ascensão de Werthein sinalizam uma nova era para a política externa argentina. A administração de Javier Milei parece estar comprometida com um posicionamento mais pró-ocidental, alinhando-se com países que sustentam fortes valores democráticos. Essa mudança poderá impactar as relações multilaterais da Argentina, ampliando conexões com nações que partilham ideais semelhantes.
Esse realinhamento diplomático, motivado pela busca por liberdade e soberania, pode influenciar a posição da Argentina em outras questões globais de direitos humanos. O desdobramento dessas decisões será crucial para entender o novo papel da Argentina no cenário político internacional.