Paciente de clínica de reabilitação em Maceió morre após ser socorrido com marcas de maus-tratos e violência sexual

Dionísio da Silva estava internado em uma clínica no Village Campestre desde o dia 1º de agosto e a previsão era de que o tratamento fosse durar três meses. No último sábado (7), entretanto, a família foi comunicada que Dionísio havia sido levado para a UPA do Tabuleiro do Martins.

O relatório da UPA, ao qual a reportagem teve acesso, informa que Dionísio estava com marcas de maus-tratos, agressão física e violência sexual. Ele morreu depois de uma parada cardiorrespiratória. No mesmo dia, a família registrou um boletim de ocorrência.

“Eu quero justiça pelo meu irmão. Eu não aceito. Meu irmão era uma pessoa boa”, lamenta Mércia Souza, irmã de Dionísio.

A família informou que tentou contato com a clínica, mas não conseguiu. “Eles falam que não sabem de nada. Ficam pedindo informação, mandando a gente enviar foto de documento, do boletim de ocorrência”, afirma Danúbia dos Santos, outra irmã de Dionísio.

À reportagem , a defesa da clínica negou as acusações e disse ainda que quem forneceu informações levianas sobre o caso será responsabilizado civil e criminalmente.

A Polícia Civil informou que instaurou um inquérito para investigar o caso e que familiares da vítima e funcionários da clínica serão ouvidos. A polícia aguarda os laudos da perícia técnica para avançar nas apurações.

Este não é o primeiro caso de um paciente internado em uma clínica de reabilitação que morreu em Maceió. Em abril, uma briga resultou na morte Cledson Ney, de 21 anos, que fazia tratamento contra dependência química em Fernão Velho. Imagens de câmeras de segurança registraram a confusão (assista abaixo).