O governo anunciou que acionou a bandeira amarela para tarifas de energia elétrica no mês de julho. É a primeira vez que a medida é tomada desde abril de 2022, já que desde então, a bandeira tem ficado verde, sem necessidade de acréscimos à conta de luz.
A bandeira amarela acrescenta R$ 1,88 a cada 100 kilowatt-hora (KWh). Em média, o consumo de uma residência no Brasil varia entre 150 KWh e 200 KWh, isso sem contar o uso do ar-condicionado.
O valor da bandeira amarela foi definido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em março deste ano, quando foi estabelecida redução de 30% na tarifa que, até aquele momento, era de R$ 2,8 a mais por 100 KWh.
O governo justifica o acionamento da bandeira amarela em razão das previsões de chuvas abaixo da média anual. Até o fim do ano, a expectativa é de que o índice de chuvas fique 50% menor que a média nacional.
Além das condições climáticas, com a chegada do inverno há também a previsão de aumento do consumo de energia elétrica. Isso ocorre porque as temperaturas nesse período tendem a ficar acima da média histórica no país.
Somadas, a alta no consumo e a escassez de chuvas fazem com que seja necessária geração extra por parte das usinas termelétricas. Seu funcionamento é mais caro do que o das hidrelétricas – cuja produção se vê afetada pela escassez de chuvas – o que justifica a tarifação extra.
Conforme nota da Aneel, o sistema de bandeiras faz com que a própria população possa estimar seu consumo a fim de controlar o preço final de sua conta de luz.
Em razão das condições dos reservatórios brasileiros, em março deste ano, a Aneel reduziu em até 37% as bandeiras. Atualmente, esse sistema de taxação extra dispõe de quatro modalidades:
- Bandeira verde (condições favoráveis para geração de energia) – não há taxação extra
- Bandeira amarela (condições menos favoráveis) – taxação extra de R$ 1,88 por 100 KWh
- Bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis)- taxação extra de R$ 4,46 a cada 100 KWh
- Bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – taxação extra de R$ 7,87 a cada 100 KWh
Fonte: FolhaDaPolitica