A Federarroz assegurou que o Brasil possui estoque de arroz suficiente para suprir a demanda doméstica, apesar das potenciais reduções na produção do Rio Grande do Sul. As informações são do Estadão.
“Não existe qualquer problema quanto ao abastecimento ou uma necessidade urgente de importação”, afirmou Alexandre Velho, presidente da Federarroz, em declaração ao Agro Estadão. Essa posição foi declarada após o presidente da República indicar a possibilidade de importar o grão.
No programa “Bom Dia, presidente”, Lula mencionou que as chuvas no RS impactaram a colheita de arroz e feijão. “Se for o caso, para equilibrar a produção, a gente vai ter de importar arroz e feijão para colocar na mesa do povo um preço compatível com aquilo que ele ganha”, disse o presidente. Posteriormente, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, discutiu essa potencial ação em encontro com a Farsul, que expressou oposição.
De acordo com o líder da Federarroz, a menção à importação é prematura e revela falta de entendimento sobre o setor. Antes das inundações, 83% da área plantada já havia sido colhida pelos agricultores gaúchos, restando 17% nos campos. Mesmo com a expectativa de diminuição na produção, as áreas onde a colheita foi concluída apresentaram “boas médias de produtividade”.
Outro aspecto considerado pelo setor é o crescimento de 4,4% na área plantada para a safra 2023/2024, tanto no RS quanto no Brasil. Com base nesses dados, mesmo prevendo uma redução, “o RS tem plenas condições de colher uma safra bem acima dos 7 milhões de toneladas e garantir a segurança ao abastecimento do mercado nacional”, assegura Alexandre Velho.