A forma severa da dengue, denominada também como hemorrágica, surge quando o vírus compromete as plaquetas, que são as células sanguíneas encarregadas da coagulação, resultando em hemorragias tanto internas quanto externas. Em indivíduos com o sistema imunológico enfraquecido, essa condição pode ser potencialmente fatal.
“O quadro se desenvolve quando o sistema imunológico reage exageradamente ao vírus, prejudicando os tecidos do corpo. Isso pode causar vazamento de plasma dos vasos sanguíneos para os tecidos, levando a uma queda perigosa na pressão arterial e, às vezes, a um choque que ameaça a vida”, afirma o infectologista Leonardo Weissmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas e professor da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp).
Em grande parte das situações, o problema é desencadeado por uma segunda infecção, geralmente causada por um sorotipo diferente do vírus da dengue. Nessas circunstâncias, os anticorpos presentes no corpo não possuem as ferramentas adequadas para uma proteção eficaz, permitindo que o patógeno se desenvolva antes que seja reconhecido como um tipo diferente. Além disso, fatores como genética e estado geral de saúde também exercem influência na gravidade da dengue.








