“Então esperamos e depois de um tempo eles nos disseram: ‘Vocês não vão ouvir La Marseillaise, não conseguimos encontrar o disco.’ Nosso objetivo, porém, era conquistar a medalha de ouro”, contou.
“Foi uma história de amizade entre pessoas. Minha mãe me contou que, quando eu tinha 12 anos, eu dizia que seria general ou campeão olímpico. Eu era o mais feliz dos pilotos naquele momento.”
Os Jogos, para Coste e outros, foram uma pausa encantadora em uma época em que “ainda tínhamos vales de racionamento alimentar” após a Segunda Guerra Mundial.
“Naquela época, não havia TV, nosso único objetivo era conquistar a medalha de ouro. Éramos uma boa equipe de camaradas e representávamos um país que acabava de sair de cinco anos de ocupação (alemã)”, disse Coste.
Coste deveria ter recebido a Legião de Honra – a mais alta honraria em França –, mas um descuido fez com que só a recebesse há dois anos. Ele também deverá carregar a tocha olímpica, embora pareça apreensivo com isso.
“Estou com dor no joelho”, disse ele.
“Eu vou tentar fazer isso. É uma grande honra. Antigamente, não havia tantos repórteres vindo até mim. É um belo presente de aniversário. Queria celebrar o meu 100º aniversário em paz, mas isso não está a acontecer”, acrescentou, referindo-se à celebração planejada pela Câmara Municipal de Bois-Colombes para quinta-feira (8).
Fonte: cnnbrasil