Prezados colegas médicos e membros comprometidos com a saúde pública,
Vivemos em um momento crucial em que a vacinação contra a COVID-19 em crianças tornou-se tema de extrema relevância no cenário brasileiro. A decisão do governo em tornar obrigatória a vacina para faixas etárias tão jovens despertou questionamentos e preocupações entre profissionais de saúde e a população em geral.
O Conselho Federal de Medicina (CFM) nos apresenta uma oportunidade valiosa para expressarmos nossas opiniões e contribuirmos para a análise da obrigatoriedade da vacinação em crianças de 6 meses a 4 anos e 11 meses. Nossa participação nessa pesquisa é essencial para enriquecer o debate, trazendo a perspectiva daqueles que estão na linha de frente da saúde, lidando diretamente com pacientes e embasados em evidências científicas.
Convidamos todos os médicos, associados ou não ao MPV – Médicos Pela Vida, a responderem a apenas quatro questões marcando as alternativas sim ou não sobre a vacinação COVID-19 em crianças. É muito simples e demora apenas alguns segundos. É através da união e colaboração que poderemos oferecer insights valiosos para a construção de políticas de saúde mais informadas e alinhadas com a realidade das evidências científicas.
Além disso, propomos um convite aberto ao CFM para um grande debate, no qual possamos discutir amplamente as evidências científicas que embasam as obrigações de vacinação em crianças. A experiência de países europeus como Inglaterra, Dinamarca, Suíça, Alemanha, Suécia, entre outros, que optaram por não recomendar – e muito menos obrigar a vacinação para esse grupo específico -, deve ser cuidadosamente analisada e debatida.
É essencial que este diálogo seja baseado em sólidas evidências científicas e cálculos de risco e benefício, respeitando a diversidade de opiniões e considerando as particularidades do contexto brasileiro. A transparência e a abertura para o diálogo são pilares fundamentais para a construção de políticas de saúde eficazes e bem fundamentadas.
É importante também que o CFM esclareça se a pesquisa possui um caráter plebiscitário ou se é baseada nas mais sólidas evidências científicas. Afinal, se for um plebiscito, ele precisa ser precedido de um amplo debate científico didático, senão é sem fundamentação. É necessário lembrar que, de praxe, antes de todo plebiscito, há campanha com espaço para versões favoráveis e contrárias, com as devidas fundamentações, para apenas posteriormente existir posicionamento.
De qualquer modo, encorajamos todos os médicos brasileiros, ligados ou não ao MPV, a se unirem neste chamado, participando ativamente da pesquisa do CFM e instigando a discussão sobre as evidências científicas (ou ausência delas) que orientam as decisões sobre a obrigatoriedade da vacinação em crianças. Juntos, como profissionais comprometidos com a vida e a saúde, podemos contribuir significativamente para o desenvolvimento de medidas que realmente beneficiem a população brasileira.
Fonte: medicospelavidacovid19.