Perseguição no centro do Rio tem tiroteio e prisão de criminosos; pic.twitter.com/EKfKYquN1z
— Diario do Brasil Notícias (@diariobrasil_n) December 14, 2023
Durante o confronto, disparos atingiram o carro dos suspeitos. Pedaços de vidro ficaram espalhados na pista da Presidente Vargas. Ninguém ficou ferido no tiroteio. Duas motos deram cobertura à quadrilha. Segundo a polícia, o bando é do Complexo do Lins de Vasconcelos, na Zona Norte da cidade. Os bandidos estavam sendo monitorados há 30 dias e não chegaram fazer o roubo nesta quinta-feira.
Bandidos trocam de rouba após o roubo
O confronto envolveu a equipe da 1ª DP (Praça Mauá). Segundo o delegado Tiago Dorigo, membros da quadrilha ficam observando os clientes que estão sacando dinheiro em caixa eletrônico ou que vão fazer saques de quantias elevadas. Para enganar os agentes de segurança, os ladrões usam uniformes e trocam de roupa:
— Com essas informações, eles passam a acompanhar os clientes. Fica pelo menos um carro do lado de fora da agência e duas motos. Eles usam uniformes de empresas transportadoras, empresas prestadoras de serviços diversos. Os bandidos trocam a roupa durante a ação, para confundir tanto a vigilância patrimonial do banco, quanto eventualmente o pessoal da PM que faz o policiamento externo no Centro da cidade. A gente tem imagens deles de outros roubos. Eles são muito ágeis, muito precisos, muito inteligentes nas ações.
Segundo o delegado, os assaltantes pertencem ao que ele classificou de um consórcio de bandidos de comunidades da Zona Norte:
— Na verdade, é um consórcio. É um grande consórcio com vários criminosos, alguns do Lins, outros de outras comunidades da Zona Norte. É a mesma quadrilha daquele adolescente que morreu no começo de novembro, ao tentar roubar o cordão do policial civil na Barra da Tijuca. Ele tinha feito um roubo aqui no Centro de um cordão de ouro. Roubaram um comerciante, nós prendemos o irmão dele. O adolescente foi identificado naquele roubo. Ele tentou roubar o policial civil no dia 8 de novembro, e veio a óbito. É o mesmo grupo criminoso, um grupo criminoso numeroso. A gente ainda está qualificando outros integrantes — afirmou.
Participação de funcionários de bancos
Na avaliação do delegado Tiago Dorigo, está sendo investigada a participação de funcionários de bancos nesses roubos:
— A gente suspeita que sim. Porque os saques de quantias (são) de valor elevado. Não tem como você, de lá de fora, se você está antes da porta giratória do banco, você ter conhecimento daquilo. Então às vezes a pessoa vai fazer um saque de R$ 40 mil, R$ 50 mil, R$ 60 mil. Não tem como você ter conhecimento disso se não é alguém de uma instituição financeira.