O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) divulgou, no dia 25 de agosto, a realização de um novo Concurso Nacional Unificado. Em estágio avançado, a nova seleção já tem um cronograma inicial definido.
A proposta do MGI com a unificação de um concurso consiste em aplicar uma prova única abrangendo todo o território nacional, visando preencher as milhares de vagas autorizadas no serviço público federal.
Embora a participação dos órgãos nesse concurso unificado seja voluntária, eles têm até setembro para manifestarem interesse na nova seleção. Isto porque a publicação do edital está previsto para dezembro e as provas em fevereiro do próximo ano.
De acordo com informações apuradas pela Folha Dirigida por Qconcursos, a discussões internas no MGI encontram-se em um estágio avançado.
A maior parte dos órgãos já foi contatada e muitos responderam de maneira favorável a essa iniciativa.
Situação atual do Concurso Nacional Unificado
- O que é o Concurso Nacional Unificado
- Situação atual
- Qual o cronograma do Concurso Nacional Unificado
- Divisão de vagas por bloco temático
- Como serão as provas
- Quais cidades terão provas
- Vagas autorizadas
O que é o Concurso nacional Unificado?
O Concurso Nacional Unificado é um projeto do Governo Federal que tem como objetivo unificar os concursos públicos para cargos do Poder Executivo Federal.
A proposta é realizar uma única prova, com questões comuns a todos os cargos, em cerca de 180 cidades de todo o país.
O objetivo do concurso unificado, também chamado de “Enem dos concursos”, é democratizar o acesso ao serviço público, tornando o processo de seleção mais acessível e eficiente.
A prova unificada permitirá que os candidatos escolham as vagas que mais se alinham com seus interesses e habilidades, independentemente da localização do órgão.
Apesar do concurso unificado ainda estar em fase de estudo, a seleção está prevista para acontecer em 2024.
Entre as principais características do Concurso Nacional Unificado estão:
- Prova única, com questões comuns a todos os cargos;
- Realização da prova em 180 cidades de todo o Brasil;
- Seleção de candidatos para cargos em diversos órgãos federais;
- Democratização do acesso ao serviço público.
Situação atual: Concurso Nacional Unificado tem cronograma divulgado
A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou em 25 de agosto, um Concurso Nacional Unificado para preencher as vagas autorizadas federais.
Com tratativas avançadas, no dia 28 de agosto, o MGI divulgou os prazos do novo concurso público unificado nacional. A previsão é que o edital seja publicado em dezembro e provas realizadas em fevereiro de 2024.
Veja a linha do tempo do Concurso Nacional Unificado:
- 25/08/2023: MGI anuncia Concurso Nacional Unificado
- 29/08/2023: Governo anuncia cronograma inicial
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Qual o cronograma do Concurso Nacional Unificado?
No dia 28 de agosto, o Ministério da Gestão e Inovação divulgou os prazos do Concurso Nacional Unificado. As datas estabelecidas pelo Governo Federal são:
- ato normativo do Ministério da Gestão criando comitê organizador – até 20 de setembro;
- adesão dos Ministérios ao Concurso Nacional Unificado – até 29 de setembro;
- publicação do edital do Concurso Nacional Unificado – até 20 de dezembro; e
- realização da prova em dia único – 25 de fevereiro de 2024.
O MGI também anunciou que a divulgação dos resultados da primeira fase deverá acontecer até o final de abril de 2024. Já os cursos de formação terão início previsto entre junho e julho de 2024.
Como será dividida as vagas do Concurso Nacional Unificado?
O secretário de Gestão de Pessoal do Ministério da Gestão e Inovação (MGI), José Celso Cardoso Jr., explicou que o Concurso Nacional Unificado será dividido por áreas de atuação, seguindo o modelo do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
As oportunidades serão distribuídas em blocos temáticos, da seguinte forma:
- Administração e Finanças Públicas: 580 vagas autorizadas;
- Setores Econômicos, Infraestrutura e Regulação: 1.015 vagas autorizadas;
- Agricultura, Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário: 1.040 vagas autorizadas;
- Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação: 1.194 vagas autorizadas;
- Políticas Sociais, Justiça e Saúde: 1.470 vagas autorizadas;
- Trabalho e Previdência: 940 vagas autorizadas;
- Dados, Tecnologia e Informação Pública: 895 vagas autorizadas;
- Nível intermediário: 692 vagas autorizadas.
Como serão as provas do Concurso Nacional Unificado?
O Governo Federal também definiu as provas do Concurso Nacional Unificado, com a avaliação do candidato em dois momentos:
- provas objetivas com matriz comum a todos os candidatos; e
- provas específicas e dissertativas por blocos temáticos.
A proposta do governo é seguir os moldes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e aplicar uma “prova unificada”.
Quais cidades terão provas do Concurso Nacional Unificado?
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) realizou um estudo, de caráter provisório, que elencou as cidades que deveriam ser aplicadas as provas do concurso nacional.
De acordo com o estudo, o ideal seria aplicar a prova em cerca de 180 cidades, simultaneamente, em todo o país, sendo a maior parte concentrada nas regiões Sudeste, Nordeste e Norte.
A provável distribuição de polos (municípios) de aplicação seria:
- 50 na região Nordeste;
- 49 na região Sudeste;
- 39 na região Norte;
- 23 na região Sul; e
- 18 na região Centro-Oeste.
Concursos Federais: 8,3 mil vagas autorizadas
O Governo Federal autorizou, até o momento, mais de 8 mil vagas em concursos públicos para diversos órgãos e ministérios. O presidente Lula afirmou que o objetivo é repor o quadro funcional, que está em déficit há anos.
A autorização ocorreu em duas partes, sendo o primeiro pacote divulgado em 16 de junho, com 4.436 vagas distribuídas da seguinte forma:
- Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa): agente de atividades agropecuárias (100); agente de inspeção (100); auditor-fiscal federal agropecuário (200); e técnico de laboratório (40);
- Inmet: analista em ciência e tecnologia (40) e tecnologista (40);
- Incra: analista administrativo (137); analista em reforma e desenvolvimento (446); e engenheiro agrônomo (159);
- MEC: técnico em assuntos educacionais (220);
- Inep: pesquisador-tecnologista em informações e avaliações educacionais (50);
- Capes: analista em ciência e tecnologia (50);
- FNDE: especialista em financiamento (100);
- ICMBio (provimento-adicional): técnico (50); e analista (110);
- MRE: oficial de chancelaria (50+50 mais cadastro);
- INPI: analista (40); pesquisador (40); e tecnologista (40);
- Inmetro: analista executivo (40); e pesquisador (60);
- DNIT: analista administrativo (50); e analista em infraestrutura (50);
- ANM (provimento adicional): especialista em recursos minerais (24);
- MME/PGPE: administrador (30);
- Carreiras Transversais ATE: analista de infraestrutura (300) – aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
- Carreiras Transversais ATI: analista em tecnologia (300) – aprovados podem ser lotados em diferentes ministérios;
- Ministério do Trabalho e Emprego: auditor-fiscal do trabalho (900);
- CNPq: analista em ciência e tecnologia (50);
- Censipam: analista em ciência e tecnologia (50);
- Ministério da Saúde – CPST e C&T: tecnologista (220);
- Fiocruz: analista de gestão em saúde (100); pesquisador em saúde pública (100); e tecnologista em saúde pública (100).
Já o segundo anúncio foi realizado no dia 18 de julho pela ministra Esther Dweck, com 2.480 vagas para diferentes órgãos. Veja abaixo a divisão de oportunidades:
Além dos órgãos citados acima, no início do ano foram autorizados os concursos para o Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação (MCTI), para o Ministério do Meio Ambiente e para a Fundação dos Povos Indígenas (Funai).
Para estes órgãos as oportunidades serão as seguintes:
- Ministério da Ciência e Tecnologia em Inovação: 814 vagas para os cargos de analista, pesquisador e tecnologista;
- Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA): 98 vagas para analista ambiental;
- Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai): 502 vagas, sendo 152 para agente em Indigenismo e 350 para nível superior.
É importante destacar que dos órgãos que receberam autorização do Governo Federal para novos concursos públicos, o Ministério das Relações Exteriores (MRE), o CNPq, FNDE e Ministério de Minas e Energia (MME) já escolheram banca organizadora, ou seja, não devem participar do concurso unificado.
O Ministério da Educação (MEC), também contemplado no pacote de autorizações de concursos federais, já divulgou seu próprio edital com 220 vagas e tem provas marcadas para outubro.
Confira resposta dos órgãos sobre Concurso Nacional Unificado
Até o momento o IBGE encaminhou uma nota em resposta à reportagem da Folha Dirigida por Qconcursos sobre a participação na seleção unificada, dizendo:
“Por enquanto, trata-se de uma proposta em estudo pelo Governo Federal. O IBGE irá se manifestar quando o procedimento se tornar oficial”.
Fonte: folha.qconcursos