Os advogados Robson Dupim e Silvia Giraldelli, que defendem pessoas presas nos ataques aos Poderes da República em 8 de janeiro, contaram nesta quarta-feira, 29, como essas prisões impactaram suas vidas. Dupim e Giraldelli defenderam, entre outras pessoas, um jovem autista que permaneceu preso por meses a mando do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.
Giraldelli afirmou que a situação vivida na academia da Polícia Federal foi “muito forte e impactante”. “Vi pessoas inocentes em pânico diante do que estavam vivendo lá”, disse. Ela também contou que ficou chocada com o que viu. “Aquelas pessoas nos olhavam pedindo socorro”, disse. “E nós, como advogados, nos sentíamos impotentes porque sabíamos que as prisões eram ilegais.”
Dupim também afirmou que as prisões em massa foram uma “atrocidade”. “Foi uma tentativa de criminalizar a manifestação política”, disse. “Foram presos pessoas que não tinham nada a ver com os atos de violência.” Os dois advogados afirmaram que as prisões em massa foram um duro golpe à democracia brasileira. “Foi uma tentativa de silenciar as vozes dissonantes”, disse Dupim. “Mas nós vamos continuar lutando pela justiça para todos os que foram injustamente presos.”
Fonte: pensandodireita.