Apesar de não ter definido uma meta de desmatamento, a Cúpula da Amazônia teve um avanço importante ao reconhecer que a floresta está próxima do chamado “ponto de não retorno”. É o que afirmou Tasso Azevedo, engenheiro florestal e coordenador do MapBiomas, em entrevista à CNN nesta quarta-feira (9).
A Declaração de Belém, principal documento da Cúpula não incluiu metas únicas para zerar o desmatamento ilegal nos países amazônicos nem informações sobre a exploração de petróleo na região. O encontro, que começou na terça-feira (8), chega ao fim nesta quarta-feira (9).
Divergências na Declaração
A diplomacia brasileira havia chegado a defender que, na Declaração, os países usassem a meta do Brasil de atingir o desmatamento ilegal zero até 2030.
O documento apenas salienta “a urgência de pactuar metas comuns para 2030 para combater o desmatamento, erradicar e interromper o avanço das atividades de extração ilegal de recursos naturais e promover abordagens de ordenamento territorial e a transição para modelos sustentáveis, tendo como ideal alcançar o desmatamento zero na região”.
No resumo da Declaração, o caso brasileiro é citado como um exemplo. Peru, Colômbia e Venezuela concordaram com o desejo brasileiro, mas a CNN apurou que Guiana, Suriname e Bolívia recusaram a possibilidade de sair do encontro com a meta única.
Fonte: cnnbrasil