O cientista britânico Jim Skea foi eleito nesta quarta-feira (26) para a presidência do IPCC, o painel intergovernamental das Nações Unidas (ONU) reconhecido mundialmente como a fonte mais confiável de informações sobre as mudanças do clima. Ele ocupará o cargo pelos próximos cinco a sete anos.
A cientista brasileira Thelma Krug chegou na última rodada da eleição com o seu colega britânico, mas não conseguiu se eleger. Além de Skea, ela competia com outros dois candidatos, incluindo Debra Roberts, professora sul-africana, e o belga Jean-Pascal van Ypersele.
Se tivesse sido eleita, Krug teria sido a 1ª mulher chefe do painel do clima da ONU. Desde a sua fundação, todos os presidentes da organização foram homens e nenhum deles da América do Sul. Além disso, essas foram as primeiras eleições na história do IPCC com candidatas mulheres para este cargo.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2023/P/Z/gJE3B7RzaOYBdOprTnAw/51931764656-014d75c7b5-o.jpg)
O que é o IPCC?
O IPCC é uma organização criada em 1988 pelas Nações Unidas e pela Organização Meteorológica Mundial para reunir e divulgar informações avançadas sobre as mudanças climáticas. Ele não faz pesquisas próprias, mas analisa e interpreta os estudos de cientistas renomados, sejam independentes ou vinculados a organizações e governos.
O objetivo é produzir relatórios completos e compreensíveis sobre o assunto, disponíveis para todos. Essas avaliações do IPCC são importantes para orientar políticas relacionadas ao clima, mas não determinam ações específicas. Elas fornecem projeções sobre o que pode acontecer no futuro com base em diferentes cenários climáticos, discutindo os riscos envolvidos e as possíveis opções de resposta, mas não impõem decisões aos formuladores de políticas.
De acordo com as regras estabelecidas pelo IPCC, o próximo ciclo de avaliação terá início em julho deste ano e terá uma duração de cinco a sete anos.