O catador de recicláveis que teve a mão esquerda amputada por causa da explosão de uma bomba no centro de Maceió prestou depoimento à polícia nesta terça-feira (22). A Polícia Civil investiga se esse caso tem relação com o da bomba que explodiu e feriu três funcionários de uma empresa terceirizada na área externa do Hospital Geral do Estado (HGE).
Jorge Quirino dos Santos, de 50 anos, ainda está com os curativos dos ferimentos provocados pela explosão. Ele contou na delegacia que estava à caminho de um ferro-velho para vender recicláveis quando encontrou uma sacola com latinhas de refrigerantes. Ao abrir a sacola, a bomba que estava em uma delas explodiu.
“Eu estava na Praça Sinimbu e as latinhas já estavam em minha posse, mas no trajeto, quando estava indo para o ferro-velho para vender, eu encontrei um saco que tinha outras latinhas. Dentro desse saco tinha uma sacola amarrada, preta. Quando eu abri, eu vi essas bolas, mas eu não sabia o que era. Eu soltei uma e já vi a explosão. Foi quando eu voei longe com a mão decepada”.
Jorge Quirino relatou que ficou desesperado no dia em que sofreu os ferimentos.
“Pedi para que não deixassem eu morrer, porque eu vi o sangue saindo pelo meu nariz, pela minha boca. É uma nova chance que Deus me deu, porque como os médicos mesmo disseram, eu poderia não estar aqui. Eu poderia ter morrido”.
O chefe de operações do 1º Distrito, Alan Barbosa, disse que o depoimento da vítima vai ajudar a polícia na investigação dos dois casos de explosões de bombas em Maceió, que ocorreram em menos de 15 dias.
No caso da explosão dos funcionários de uma empresa terceirizada do HGE, a Polícia Civil investiga se a bomba caseira que explodiu na área externa do hospital, na segunda-feira (21), foi escondida no local por membro de uma torcida organizada na noite do jogo Bahia x CRB pela Série B, no Rei Pelé, no dia 6 de novembro.
Fonte: G1