Deputado estadual pelo Paraná desde 2019, Fernando Francischini (PSL) teve o mandato cassado nesta quinta-feira (28) pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por propagação de informações falsas sobre a urna eletrônica e o sistema de votação durante as eleições de 2018.
Essa foi a primeira vez que o tribunal tomou decisão relacionada a político que fez ataque às urnas eletrônicas.
Na oportunidade, Francischini foi o deputado estadual mais votado da história do Paraná, com 427.749 votos, ou seja, 7,5% do total, segundo dados do TSE. Com a votação, o parlamentar “puxou” três deputados da mesma chapa com ele, que também devem perder as cadeiras na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) com a cassação.
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Na Assembleia, Francischini atualmente preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
Em nota, Francischini afirmou que lamenta a decisão. “Um dia triste, mas histórico na luta pelas liberdades individuais. Nós vamos recorrer e reverter essa decisão lá no STF, preservando a vontade de meio milhão de eleitores paranaenses”, afirmou.
Carreira política
Antes disso, Fernando Francischini foi deputado federal por dois mandados, de 2011 a 2018.
Enquanto deputado federal, se posicionou como defensor da Operação Lava-Jato e do então juiz federal Sergio Moro, que atuava à época na 13ª Vara Federal de Curitiba. Francischini também manteve posicionamento de forte oposição ao governo de Dilma Rousseff, do PT.
Neste meio tempo, entre 2014 e 2015, se licenciou do cargo para assumir a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) do Paraná, durante a gestão de Beto Richa (PSDB).
Ele era o secretário estadual quando a Polícia Militar (PM) e professores entraram em confronto no Centro Cívico, em Curitiba, durante a votação de um projeto que alterava a previdência dos servidores. Mais de 200 pessoas ficaram feridas, e Francischini deixou o cargo dias depois do caso.
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Em 2020, Francischini foi candidato à prefeitura de Curitiba. Ele ficou em terceiro lugar na disputa, com 52 mil votos e 6,26% dos votos.
Vida pessoal
Fernando Francischini nasceu em Londrina, em 1970. Formado em direito, é delegado licenciado da Polícia Federal.
Na PF, Francischini comandou a investigação que prendeu, em 2007, o traficante colombiano Juan Carlos Abadia. O criminoso era procurado internacionalmente e foi encontrado em um condomínio de luxo em Aldeia da Serra, em São Paulo.
Fernando Francischini é pai de Felipe Francischini (PSL), deputado federal, e marido de Flávia Francischini (PSL), vereadora em Curitiba.








