O presidente Joe Biden pediu ao presidente russo Vladimir Putin, na última quinta-feira (30), para que tomasse medidas para aliviar a crise persistente na fronteira da Rússia com a Ucrânia, alertando novamente sobre as terríveis consequências econômicas caso Putin prossiga com uma invasão.
O telefonema de 50 minutos não rendeu grandes avanços, disseram autoridades americanas e russas depois, mas estabeleceu o teor para as próximas conversas diplomáticas presenciais entre os dois lados.
Putin solicitou o telefonema esta semana, e Biden — que acredita que nada pode substituir conversas diretas entre chefes de Estado — estava ansioso para atender.
Biden e Putin falaram pela última vez em 7 de dezembro, em uma videoconferência que terminou com a promessa de reiniciar as discussões diplomáticas — mas nenhuma indicação que a Rússia estava se preparando para diminuir a mobilização.
Putin deu poucas pistas novamente sobre suas intenções na quinta-feira, disseram autoridades após a ligação.
Em vez disso, os dois chefes mantiveram o que um oficial americano descreveu como uma discussão “séria e substantiva”, durante a qual Biden traçou dois caminhos para Putin enquanto ele continua a reunir tropas russas na fronteira com a Ucrânia: um deles é uma rota diplomática para diminuir a mobilização e o outro focou na dissuasão através de sanções econômicas, aumento da presença de tropas dos EUA no lado oriental da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e aumento da assistência à Ucrânia.
O caminho escolhido “dependerá das ações da Rússia no período em seguida”, disse o funcionário, dizendo que pode haver “sérios custos e consequências” caso a Rússia continue com sua agressão regional.
Putin respondeu com uma advertência terrível, disse um assessor do Kremlin. Ele disse a Biden que a introdução de uma nova rodada de sanções contra a Rússia seria um “erro colossal” que poderia levar a um colapso total das relações entre os dois países.
Fonte: TerraBrasilNoticias