A Justiça condenou José Ronaldo Pimentel dos Santos pela morte do vigilante Wyllams Meira Feitosa, ocorrida em 2019, em Ipioca, bairro de Maceió. O Conselho de Sentença do 1º Tribunal do Júri de Maceió estabeleceu pena em 19 anos e 3 meses de reclusão. A sessão do júri foi realizada nesta terça-feira (23), no Fórum da Capital.
O réu não poderá apelar da decisão em liberdade e deverá cumprir a pena em regime, inicialmente, fechado.
O crime ganhou repercussão na época porque três homens foram presos injustamente por mais de 60 dias. Eles sempre negaram envolvimento no assassinato. Após prisão de outras três pessoas que confessaram o crime, a polícia pediu a revogação da prisão dos inocentes.
Os jurados não aceitaram a tese de negativa de autoria do crime e condenaram José Ronaldo por homicídio qualificado. O julgamento foi conduzido pelo juiz Ewerton Carminati.
“A culpabilidade do acusado, considerada como grau de reprovabilidade a ser imprimido sobre sua conduta, é elevada, tendo em vista que foram aplicados quinze golpes de arma branca na vítima, demonstrando extrema brutalidade na conduta”, destacou o magistrado.
Crime por vingança
Segundo a investigação policial, a vítima denunciou ao dono do hotel em que trabalhava que funcionários estavam furtando o bar do estabelecimento. E isso acabou resultando na demissão de vários funcionários, entre eles José Ronaldo.
De acordo com a polícia, José Ronaldo disse que não premeditou o crime, e que somente no local resolveu matar a vítima com golpes de facão, sem no entanto se recordar quantos golpes efetuou.
Outras duas pessoas também foram indiciadas pela morte de Wyllams. Assim como José Roberto, Wagner Almeida dos Santos foi indiciado por homicídio triplamente qualificado pelo motivo torpe, crueldade e impossibilidade de defesa da vítima. O outro envolvido é Edinelson Santos do Nascimento, indiciado como participante do crime de homicídio, porque repassou a escala de trabalho da vítima para os executores.
Fonte: G1