O chanceler da ditadura de Cuba, Bruno Rodríguez, apoiou a decisão do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega, de sair da Organização dos Estados Americanos (OEA).
A medida anunciada na sexta-feira 19 ocorreu depois de o órgão multilateral não reconhecer a legitimidade do pleito de 7 de novembro, em que Ortega venceu uma eleição presidencial de fachada. A informação é da Revista Oeste.
Pelo Twitter, Rodríguez disse que a decisão da Nicarágua de deixar a OEA “constitui uma resposta firme e digna às manobras do secretário-geral desta organização, mancomunada com os Estados Unidos, para tentar interferir nas decisões que competem ao povo nicaraguense”.
A ditadura cubana ficou suspensa da OEA por 47 anos e, em 2009, foi reincorporada à entidade por decisão dos países membros.
O ministro das Relações Exteriores do regime Ortega, Denis Moncada, foi na mesma linha e classificou a OEA como “instrumento de ingerência e intervenção” e considera que suas ações contra a Nicarágua têm o objetivo de facilitar a hegemonia dos Estados Unidos.
Nos meses anteriores à votação, dezenas de opositores de Ortega, incluindo sete candidatos presidenciais, foram detidos sob acusações de conspiração e outros crimes, o que abriu caminho para a sua vitória.
Na prática, o processo de saída da OEA dura dois anos, prazo em que a Nicarágua deverá cumprir as obrigações com a organização regional.