Os funcionários dos Correios em Alagoas entraram em greve por tempo indeterminado a partir desta terça-feira (18). A informação foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Correios e Telégrafos em Alagoas (Sintect-AL).
Com a paralisação, ficam prejudicados os serviços de entregas, postagem e serviços bancários.
Em nota, a assessoria de imprensa dos Correios informou que a empresa possui Plano de Continuidade de Negócios e que “desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da saúde financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia”. (Veja a nota completa ao final do texto).
Segundo o presidente do sindicato Alysson Guerreiros, a categoria cobra a manutenção do acordo coletivo firmado no ano passado.
“Não estamos pedindo aumento no salário, mas a manutenção dos nossos direitos que foram retirados. Nós trabalhamos durante a pandemia sem parar, estamos na linha de frente e queremos nossa valorização”, disse.
Leia abaixo a íntegra da nota dos Correios:
Os serviços dos Correios estão sendo prestados normalmente, em todo o Brasil. Ressalta-se que a empresa possui Plano de Continuidade de Negócios, para continuar atendendo à população em qualquer situação adversa.
No momento em que pessoas e empresas mais contam com seus serviços, os Correios têm conseguido responder à demanda, conciliando a segurança dos seus empregados com a manutenção das suas atividades comerciais, movimentando a economia nacional.
Desde o início das negociações com as entidades sindicais, os Correios tiveram um objetivo primordial: cuidar da saúde financeira da empresa, a fim de retomar seu poder de investimento e sua estabilidade, para se proteger da crise financeira ocasionada pela pandemia.
A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção em pauta é da ordem de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos cofres dos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período – dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida.
Respaldados por orientação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como por diretrizes do Ministério da Economia, os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.
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Funcionários dos Correios pedem por manutenção dos direitos — Foto: Alysson Guerreiros/ Arquivo pessoal
fonte: G1








