Um pastor do Tajiquistão foi preso sob acusação de cantar músicas religiosas consideradas “extremistas” e foi solto recentemente após mais de 2,5 anos de prisão.
Identificado como Bakhrom Kholmatov, da Igreja Protestante Boaas Novas da Graça, em Khujand, o religioso foi condenado em 2017 depois que autoridades locais invadiram sua igreja e o acusaram de incitar o ódio religioso.
O grupo de defesa da perseguição baseado na Irlanda, o Church in Chains, relata que, após o ataque, vários membros da igreja perderam seus empregos ou sofreram repercussões.
A organização relata que o pastor de 43 anos foi preso e depois acusado de possuir um livro de canções de adoração e o livro de Josh McDowell, More Than a Carpenter [Mais que um carpinteiro – em tradução livre).
Kholmatov, que tem esposa e três filhos, foi libertado cerca de três meses antes de sua sentença expirar.
Através de um comunicado compartilhado pela Church in Chains, o pastor agradeceu a todos que oraram por ele e por sua família.
“Gostaria de expressar minha enorme gratidão a todas as pessoas que apoiaram e oraram por mim, minha família e minha igreja. Durante todos esses três anos, senti suas orações, eles me ajudaram a permanecer de pé, ajudaram minha esposa e filhos preciosos, ajudaram os membros da minha igreja que ficaram sem pastor e depois foram expulsos pelas autoridades do nosso prédio”, disseele.
Segundo Church in Chains, Kholmatov cumpriu a maior parte de sua sentença na prisão de Yavan, a mais de 300 quilômetros de sua casa.
O Tajiquistão é listado há anos pelo Departamento de Estado dos EUA como um “país de preocupação particular” que se envolveu ou tolerou “violações sistemáticas, contínuas e flagrantes da liberdade religiosa”. A designação de CPC do Tajiquistão foi renovada pelo Departamento de Estado na sexta-feira.
O Tajiquistão é o 29º pior país do mundo quando se trata de perseguição cristã na lista de observação mundial do Portas Abertas em 2019. O ranking reflete o fato de que o governo central do país impôs medidas restritivas e o fato de as autoridades locais monitorarem reuniões religiosas, invadirem igrejas e prenderem os fiéis.
fonte: GospelPrime