Comandado hoje por um técnico gaúcho, Argel Fucks, o CSA tem forte ligação com o Rio Grande do Sul. Muitos destaques da historia do clube nasceram por lá. Os mais famosos foram, sem dúvida, Felipão e Valdir Espinosa, que até conversou com o globo esporte sobre o Azulão.
Nesta segunda, às 20h, o CSA recebe justamente em Maceió o Grêmio, clube que projetou Felipão e Espinosa. É um bom dia para contar histórias.
Valdir Ataualpa Ramires Espinosa nasceu em Porto Alegre e chegou a Alagoas em 1974, para defender o CSA. Tinha 27 anos. Antes, foi revelado e atuou pelo Grêmio.
Na década de 70, cultivava até uma barba bem aparada, era cabeludo. Lateral-direito, ele também defendeu no ano seguinte, 1975, o arquirrival do Azulão, o CRB.
Saiu da capital alagoana para jogar pelo Esportivo, clube da cidade de Bento Gonçalves-RS, em 1976. De lá, foi para o Vitória, onde atuou até 1978. A partir de 1979, começou a carreira de técnico e comandou dezenas de clubes pelo futebol brasileiro e internacional. Foi até campeão mundial pelo Grêmio, em 1983.
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Valdir Espinosa está com 71 anos — Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte
Em entrevista ao GloboEsporte Espinosa, hoje com 71 anos, lembrou a sua passagem por Maceió.
– A cidade aí é maravilhosa, sou apaixonado por essa cidade. O torcedor do CSA sempre foi muito fanático. Naquela época, o CSA tinha mais facilidade para levar jogadores daqui do eixo Sul-Sudeste. E a gente ia porque se tratava de time grande também. Foi muito bacana, fui campeão aí e tive a oportunidade de fazer jogos marcantes no Rei Pelé – recordou Espinosa.
Com ele em campo, o time que bateu o CRB na final do Alagoano de 1974 tinha: Dida; Espinosa, Valmir, Zé Preta e Valdeci; Maurício (Tadeu), Djair (Soareste) e Didinho; Ênio Oliveira, Misso e Ricardo.
O ex-lateral do CSA comentou a situação do clube no Brasileirão – penúltimo colocado, com seis pontos – e disse o que é preciso fazer para o time sair da zona de rebaixamento. A longa experiência como treinador ajuda na análise.
– O CSA precisa conscientizar a todos que tem um compromisso e esse compromisso todos têm que assumir, que é se entregar de corpo e alma. Eu digo isso e acho que é apropriado para o CSA que ele não pode entrar em campo com 11 jogadores, e sim com 22. Todos precisam ter consciência que devem correr por dois.
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Valdir Espinosa foi lateral-direito e campeão com o CSA em 1974 — Foto: Eduardo Moura/GloboEsporte
fonte: GloboEsporte