O governador de Alagoas, Renan Filho (MDB), disse em entrevista nesta sexta-feira (10) que espera que a Braskem continue produzindo no estado para não prejudicar a economia local, desde que isso não traga riscos à população. A indústria decidiu paralisar as atividades depois que estudos comprovaram que a extração de sal-gema provocou rachaduras em bairros de Maceió.
“Eles resolveram paralisar a operação da indústria. Nós, depois disso, vamos, com serenidade, conversar para que não traga impacto econômico. Que, eventualmente, a empresa continua produzindo, desde que não traga riscos para o cidadão alagoano”, disse o chefe do Executivo.
O pronunciamento do governador foi feito nesta manhã, durante a formatura dos novos militares do Corpo de Bombeiros.
As primeiras rachaduras surgiram no início de 2018 e afetaram diversos imóveis nos 3 bairros. Desde então, mais de 500 famílias tiveram que deixar suas moradias por orientação da Defesa Civil. Após meses de estudos, a CPRM apresentou um relatório-técnico que mostra como a extração de sal-gema feita pela Braskem causou o problema.
O Sindicato Unificado dos Trabalhadores Petroleiros, Petroquímicos, Químicos e Plásticos nos Estados de Alagoas e Sergipe (Sindipetro-AL/SE) avalia que o fim das atividades da indústria pretroquímica em Alagoas pode prejudicar mais de 2 mil trabalhadores que dependem da empresa.
Na quinta (9), a procuradora da república federal Niedja Kaspary disse que houve negligência do Instituto de Meio Ambiente (IMA) de Alagoas em relação à fiscalização da Braskem. Renan Filho defendeu a atuação do órgão ambiental.
“As informações normalmente são prestadas pela própria empresa, por isso a empresa foi multada por não fornecer as informações com devida fidedignidade ao IMA. A Agência Nacional de Mineração também suspendeu as atividades depois do laudo da CPRM que levou quase 6 meses para ser elaborado. Esse caso é complexo. Todos os responsáveis precisam ser devidamente responsabilizados. É assim que o estado de Alagoas vai tratar e é isso que a gente tem cobrado, sobretudo para preservar catástrofe”, ressaltou.
fonte: G1
 
													 
								








 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		 
		