O Instituto do Meio Ambiente (IMA) notificou a Prefeitura de Maceió nesta quinta-feira (14) para que retire o sargaço das praias da capital em até 5 dias. Segundo o órgão, a presença dessa vegetação gera incômodo a banhistas e turistas.
Por meio de nota, a assessoria de comunicação da Superintendência de Limpeza Urbana (Slum) informou à reportagem do G1 que “o recolhimento do sargaço na faixa de areia está na programação operacional da equipe que atende a região da orla, com início previsto para o próximo sábado (15)”.
De acordo com o IMA, a notificação foi emitida após o recebimento de reclamações a respeito do incômodo gerado pela presença do sargaço na areia, principalmente por conta do cheiro forte. Além disso, a vegetação acumulada também atrapalha a circulação dos banhistas.
O setor de Gerenciamento Costeiro (Gerco) do IMA explica que, ainda que seja matéria orgânica, a decomposição do sargaço gera mau cheiro, que pode ser agravado pela presença de lixo misturado às macroalgas.
Elas podem ser removidas da areia com o devido cuidado, para não afetar o biota local.
“O sargaço decomposto é mineralizado e serve de alimento para organismos, que são a base da cadeia alimentar. Entretanto, na área urbana, além do desconforto da população, há o problema da grande quantidade de resíduos plásticos agregados às algas, uma das maiores ameaças à biodiversidade marinha”, explica o coordenador do Gerco, Ricardo César.
O surgimento do sargaço é sazonal. O IMA lembra que no ano passado não foi necessário notificar a Prefeitura porque a remoção estava sendo realizada. Nos anos anteriores, porém, foi preciso cobrar a limpeza do Município.
Em outubro de 2015, o órgão recebeu reclamações a respeito do acúmulo do sargaço na praia de Ponta Verde. Moradores e banhistas cobravam a limpeza daquela área.
Em abril de 2016, foi realizada uma reunião entre o órgão, a Slum e a Secretaria Municipal do Turismo (Semptur). Nela, ficou decidido que a Prefeitura estava autorizada a remover o sargaço, desde que não causasse danos ambientais com a retirada exagerada de sedimentos.
fonte: G1








