O Instituto Federal de Alagoas (Ifal) acionou o Batalhão de Polícia Escolar (BPEsc) com o intuito de reforçar a segurança nos dias 13, 14 e 15 deste mês, que é quando calouros chegam para estudar na unidade Maceió. A direção da unidade de ensino enviou um ofício ao comando do batalhão na tarde desta segunda-feira (11).
A medida foi tomada depois que um grupo fez ameaças pelas redes sociais dizendo que os novos alunos seriam recebidos com trotes.
“Enviei um ofício ao Batalhão Escolar para fazer a segurança nos três primeiros dias de aula. São 9 cursos técnicos do ensino médio para 700 novos alunos. 90% deles são menores de idade. Ainda não identificamos os alunos que vão fazer o trote, mas sabemos que são do 3° e do 4° ano, maiores de idade”, disse a diretora do Ifal, Jeane Melo.
O G1 entrou em contato com o comandante do BPEsc, tenente-coronel Francelino, por volta das 17h20. Naquele momento, ele disse que estava em uma reunião, e não poderia confirmar o recebimento do ofício.
A diretora afirma que as denúncias de trote para este semestre dizem respeito a “brincadeiras” violentas, assim como aconteceu em março de 2018, quando duas calouras precisaram de atendimento médicodepois de terem sido atingidas por substância conhecida como “Sangue do Diabo”.
As mensagens foram postadas no Instagram, Facebook e por meio de WhatsApp.
“A tinta é pesada, e alguns alunos entraram em contato dizendo que são alérgicos e passam mal. Tem soluções com espécie de substância que, quando jogada, se desfaz na roupa. Amarrar o calouro e deixar ele ficar de joelho, e também comprar lanche durante toda a semana”, falou a diretora.
Ainda segundo o Ifal, caso o trote aconteça, os alunos serão expulsos. “No ano passado abrimos um processo interno. Neste ano, eu expulsarei imediatamente. Eles [alunos] que entrem depois na Justiça recorrendo aos seus direitos”, disse Jeane.
fonte: G1