A partir de agora o teste rápido para detecção do Zika vírus será obrigatório para todas as gestantes alagoanas durante o pré-natal. O exame, que anteriormente só era oferecido para as grávidas que apresentassem os sintomas da doença, estará disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos 102 municípios do estado, conforme protocolo criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau).
Para assegurar que todos os municípios disponham do teste, as secretarias municipais de Saúde devem solicitar à Sesau os kits do tipo IgM/IgG. Para isso, basta acessar o Sistema de Insumos Estratégicos em Saúde (SIES) e, em seguida, se dirigir ao Laboratório Central de Alagoas (Lacen), no bairro Jatiúca, em Maceió, onde haverá a distribuição da quantidade necessária.
“Após a realização do teste, se a gestante for diagnosticada com o Zika vírus, apresentando sintoma ou não, ela vai ser acompanhada conforme o Protocolo Integrado para Vigilância, Atenção à Saúde e Prevenção da Síndrome Congênita do Zika Vírus, conforme prevê o Ministério da Saúde. Estudos comprovam que a Zika pode provocar a microcefalia nos bebês cujas mães tiveram a doença durante a gestação”, afirmou a gerente estadual de Vigilância e Controle das Doenças Transmissíveis, Danielle Castanha, salientando que o exame tem eficácia superior a 90%.
De acordo com a gerente, o resultado do exame é apresentado em até 20 minutos. As gestantes com resultado positivo e que estiverem com a doença no momento passarão a seguir o protocolo do Ministério da Saúde e serão orientadas a fazer exames de imagem para acompanhar o desenvolvimento do bebê. Já as que apresentarem resultado negativo receberão informações para evitar o contágio pelo Zika vírus e serão orientadas a utilizar preservativo durante as relações sexuais. Elas também serão contempladas com repelente, que até então era entregue exclusivamente às gestantes cadastradas no Programa Bolsa Família.
“Com o teste, a gestante vai ser acompanhada no pré-natal e terá a orientação de mais uma ultrassom no terceiro trimestre da gestação, para avaliar a criança. Depois, ao nascer, será avaliado o grau de comprometimento que o vírus pode ter causado, passando a ser acompanhada pela rede de atendimento, conforme o Protocolo de Atenção à Saúde e Resposta à Ocorrência de Síndrome Congênita do Zika Vírus”, ressaltou Danielle Castanha.
O Protocolo do Ministério da Saúde orienta o atendimento desde o pré-natal até o desenvolvimento da criança com síndrome congênita do Zika vírus. O planejamento prevê a mobilização de gestores, especialistas e profissionais de saúde para promover a identificação precoce e os cuidados especializados da gestante e do bebê.
Agência Alagoas