Os chamados “filmes de fé” eram um gênero menosprezado em Hollywood por serem vistos como panfletários. As produções de baixo orçamento atraiam pouco o grande público, acostumado com os efeitos de última geração e grandes nomes do cinema nos papéis principais.
Isso começou a mudar em 2004, com o sucesso de “A Paixão de Cristo”, a superprodução dirigida por Mel Gibson, que arrecadou centenas de milhões de dólares nas bilheterias. Na última década, longas independentes como os da trilogia “Deus Não Está Morto” atraiam o mesmo tipo de espectador que assistia “O Céu é de Verdade”, realizado por um grande estúdio.
O longa “Small Group” [Pequeno Grupo], lançado este mês nos Estados Unidos, tenta inaugurar um novo estilo, visando ser um “filme de fé para incrédulos”. Mesclando a dinâmica de documentário com pitadas de comédia, conta a história de um repórter que tenta “expor” a hipocrisia dos cristãos.
O personagem principal R. Scott Cooper (Sterling Hurst, da série Nashville) é um repórter investigativo descrente que se “infiltra” em uma igreja evangélica no sul dos Estados Unidos, com o objetivo de produzir um documentário sobre os “males” da influência evangélica. Acaba participando de um pequeno grupo, ou célula. Ele filma tudo secretamente, incluindo um retiro de homens e uma viagem missionária de curto prazo para a Guatemala.
Quando seu projeto é descoberto, ele precisa lidar com a reação dos membros da igreja e acaba revendo seus conceitos sobre fé e a vida eclesiástica comunitária. Em diferentes cenas ele demonstra a visão preconceituosa que muitos têm e acaba confrontado com a realidade que os evangélicos são pessoas “normais”.
Gospel Prime