O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou nesta sexta-feira (24) que setores do governo do Rio de Janeiro se emprenharam pouco em tomar medidas para modificar os baixos índices de desenvolvimento humano que propiciam a proliferação da violência, após meses da intervenção federal na segurança pública no estado.
“Passados seis meses [da intervenção federal ], apesar do trabalho intenso de seus responsáveis, da aprovação do povo e de estatística que demonstram a diminuição dos níveis de criminalidade, o componente militar é, aparentemente, o único a engajar-se na missão”, escreveu Villas Bôas na mensagem lida durante a cerimônia em comemoração ao Dia do Soldado.
O comandante do Exército ressaltou que “exigem-se soluções de curto prazo, contudo, nenhum outro setor dos governos locais empenhou-se com base em medidas socioeconômicas para modificar os baixos índices de desenvolvimento humano, o que mantém o ambiente propício à proliferação da violência”.
Na mensagem, o general Villas Bôas disse que vivemos no país uma era de conflitos e incertezas, em que “se perdeu a disciplina social, a noção de autoridade e o respeito às tradições e aos valores”. Disse ainda que o Brasil é “um grande país que não consegue vislumbrar um projeto para seu futuro, nem, tampouco, identificar qual o papel a exercer no concerto das nações”.
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