O empresário Alexandre Soppa é alvo de ação do Ministério Público do Estado (MPE-AL) que apura suposta participação em esquemas de danos ao erário. O caso já foi parar no Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL). Segundo processo de número 0700678-63.2017.8.02.0028, que tramita na Comarca de Paripueira desde dezembro de 2017, Soppa atuava em 2010 como proprietário das empresas Alexandre Soppa Produções ME e A.S.S. Companhia de Eventos LTDA, ambas do mesmo segmento.
As empresas teriam superfaturado cerca de R$ 630 mil na contratação pela Prefeitura da Barra de Santo Antônio de shows de artistas nacionais para a realização dos festejos juninos de 2010. Ainda conforme os autos do processo, as contratações teriam ocorrido sem licitação entre empresas concorrentes por parte da prefeitura durante a gestão da então prefeita Maria Cícera Mendonça Casado (PTB) em 2010. Maria Cícera chegou a ser afastada do cargo pela Câmara de Vereadores em outubro de 2013.
Irregularidade semelhante e com atuação da mesma empresa também foi encontrada em 2013 em outro município e também foi denunciada pelo MPE, que decidiu investigar a Prefeitura de São Luiz do Quitunde por ter contratado empresas para a produção de shows para o São João, assim como aconteceu na Barra de Santo Antônio.
Os documentos analisados pelo promotor Jorge Luiz Bezerra apontam que em 2013, a Prefeitura de São Luiz do Quitunde gastou R$ 1.331.500,00 com a contratação das empresas MC Produções e Eventos LTDA e da ASS Companhia de Eventos LTDA, de propriedade do empresário Alexandre Sopa.
A MC Produções e Eventos LTDA teria faturado R$ 35 mil, enquanto a ASS Companhia de Eventos LTDA, R$ 15 mil. Hoje, o empresário atua com uma nova empresa que leva seu nome, a ASP – Alexandre Sopa Produções. De acordo com o Ministério Público, a prefeitura contratou, através das empresas citadas, bandas sem renome para apresentação em eventos locais e que teriam recebido apenas R$ 2 mil. O prefeito à época, Eraldo Pedro da Silva (MDB), também foi afastado do cargo.
No dia 30 de janeiro de 2013, a MC foi contratada por R$ 48 mil. Já em 7 de fevereiro a empresa Erica Barbosa de Melo Vilalobos Produções –ME foi contratada por R$ 59 mil. Outro contrato firmado aconteceu em 1º de fevereiro com a empresa L. Carvalho da Silva Produções ME. O contrato firmado foi no valor de R$ 1.174.500.
À imprensa, Sopa informou que “Hoje, nós que trabalhamos produzindo eventos artísticos com órgão público acabamos sendo visados e consequentemente virando réu em ações. Eu não fui julgado e nem fiz nada de errado”.








