A Procuradoria Geral da República (PGR) enviou uma manifestação ao Supremo Tribunal Federal (STF) na qual disse concordar com o desmembramento do inquérito que investiga os senadores Renan Calheiros (MDB-AL) e Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).
Para a PGR, a parte do inquérito que investiga Renan deve permanecer na Corte, sob a relatoria do ministro Marco Aurélio Mello.
A parte da investigação sobre Fernando Bezerra, contudo, no entendimento da PGR, deve ser encaminhada à Justiça Federal de Pernambuco, pois os crimes analisados teriam sido cometidos em 2013, quando o senador era ministro da Integração Nacional.
Além da concordância com o desmembramento, conforme propôs a Polícia Federal, a PGR foi favorável à prorrogação do prazo de investigações por 60 dias. Cabe ao ministro Marco Aurélio Mello decidir sobre as questões.
Entenda
Renan Calheiros e Fernando Bezerra são investigados pela suposta participação em esquema de corrupção envolvendo a obra canal do sertão alagoano.
Segundo delatores da Odebrecht, Renan Calheiros teria recebido R$ 500 mil em espécie de forma ilícita por meio do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht. Os colaboradores também afirmaram que Fernando Bezerra recebeu R$ 1,05 milhão em propina. Os dois políticos negam as acusações.
Matheus Leitão – Colunista – G1








