Os candidatos mais bem colocados nas pesquisas de intenção de voto nas eleições 2018 vão tratar da figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso na Lava Jato, com cuidado nos debates entre presidenciáveis, nos programas eleitorais ou nos discursos de campanha, evitando transformá-lo em um alvo ou uma figura recorrente. No debate da RedeTV!, que será realizado na sexta-feira, 17, o púlpito reservado ao candidato petista permanecerá vazio.
Um consenso entre as campanhas dos adversários do petista é que, quanto menos ele for lembrado, citado ou até atacado diretamente, menor será sua capacidade de transferir votos em um futuro próximo (provavelmente para o vice, Fernando Haddad). Parte dessa estratégia foi explicitada nesta quinta-feira, 9, durante o debate na TV Bandeirantes, ocasião em que Lula foi mencionado raríssimas vezes. O mesmo irá acontecer no debate da RedeTV!.
“Para mim, Lula é carta fora do baralho”, afirmou Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência. Na verdade, a estratégia do deputado é a de continuar se apresentando como o principal antagonista do PT e das esquerdas de um modo geral – mas as críticas não serão dirigidas à figura do ex-presidente.
A campanha do ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) deve seguir um caminho parecido. O foco de Alckmin em discursos e nas redes sociais será buscar o eleitorado que está “bolsonarista”. Isso implica explorar o antipetismo – mas sem mencionar a figura do ex-presidente.
Considerada como uma das principais herdeiras de votos do ex-presidente, caso ele não possa concorrer, Marina Silva (Rede) só fala de Lula quando provocada. Segundo a coordenadora de campanha, Andrea Gouvea, não há uma estratégia clara sobre não falar de Lula, mas “quando o Haddad virar candidato, o assunto certamente fará parte do debate”.
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