Profissionais em química e física se pronunciaram nas redes sociais sobre o abalo sísmico ocorrido de sábado (3/3/18), sentido em vários bairros da capital alagoana, principalmente na parte alta da cidade, onde houve afundamento de solo e rachaduras em casas e edifícios, assustando a população.
Segundo eles, trata-se de um acomodamento perigoso de camadas das terras de superfície ocasionado por retirada da sal-gema, uma substância química semelhante à soda cáustica.
Esta ação executada pela empresa Braskem ao longo de décadas, teria, de acordo como eles, provocado grandes ocos nas camadas profundas, resultando em desabamentos no subsolo.
Um desses profissionais afirma que, em 1985, o professor e cientista Rogério Pinheiro, ex-reitor da Universidade Federal de Alagoas, disse em sala de aula que essa retirada contínua de selgema acabaria causando um grande terremoto em Maceió, prevendo que isso ocorresse em 2015.
Como de lá (2015) para cá outros pequenos abalos já foram registrados, podemos deduzir que estamos nos aproximando de uma grande tragédia. Portanto, é hora da imprensa cobrar explicações da Braskem, evitando que ela abafe o caso, como já fez outras vezes com relação à vazamentos químicos.