Delegados da Polícia Federal (PF) concederam entrevista na tarde desta terça-feira (5) detalhando as ações da Operação Kali, deflagrada durante a manhã. De acordo com as investigações, o ex-prefeito de Marechal Deodoro, Cristiano Matheus, era líder de uma organização criminosa.
O ex-prefeito teria montado um esquema de laranjas para ocultar empresas, bens e desviar valores provenientes de fundos e programas de educação, destinados ao município enquanto ele era o gestor. O ex-prefeito, de acordo com a investigação, estruturou uma rede, aparentemente de laranjas, sendo amigos e empregados seus, para impedir os trabalhos investigativos da polícia.
A Polícia Federal avalia que há indícios de lavagem de dinheiro ainda nos meses de junho e julho deste ano, quando ele não estava mais no cargo. Um desses indícios é a negociação de imóveis, no valor de R$ 530 mil, no nome do irmão dele. As ações delituosas serviram não só para o desvio de dinheiro – proveniente de programas federais de alimentação e transporte escolar -, mas também para ocultar o patrimônio e inviabilizar a apuração acerca deste grupo.
Junto com os mandados de prisão, a polícia solicitou também a prisão dos envolvidos. Representações, ratificadas pelo Ministério Público, foram feitas à Justiça Federal, mas os pedidos de prisão foram negados.