A pressão cresceu sobre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, nesta quarta-feira, quando o Departamento de Justiça dos EUA nomeou o ex-diretor do FBI Robert Mueller como conselheiro especial para investigar possíveis conluios entre a equipe de campanha de Trump em 2016 e a Rússia.
A medida ocorre num momento em que há demandas crescentes por uma investigação independente a respeito de supostos esforços russos para influenciar o resultado da eleição presidencial de novembro em favor de Trump e contra a democrata Hillary Clinton.
“Minha decisão (de nomear um conselheiro especial) não é a constatação de que crimes foram cometidos ou que qualquer processo judicial é justificado”, disse o vice-secretário de Justiça, Rod Rosenstein, em um comunicado.
“Eu determinei que um conselheiro especial é necessário para que o povo americano tenha plena confiança no resultado.”
Também nesta quarta-feira, parlamentares buscaram intensificar investigações sobre a demissão do chefe do FBI, além do possível envolvimento entre a campanha de Trump e a Rússia, e mais colegas republicanos do presidente pediram por uma investigação independente.
A controvérsia assustou investidores em Wall Street, mas Trump deu uma mensagem de “não desista, não recue” durante um discurso em Connecticut, onde se queixou de estar sendo tratado da forma mais injusta do que qualquer outro político já foi.
A S&P 500 e o Dow tiveram suas maiores quedas em um dia desde setembro, à medida que as esperanças de investidores por cortes de impostos e outras políticas pró-negócios foram ofuscadas em meio ao noticiário político.
A turbulência em Washington se aprofundou por alegações de que o presidente buscou o fim de uma investigação do FBI sobre ligações entre o primeiro conselheiro de segurança nacional de Trump, Michael Flynn, e a Rússia. Isto levantou questões sobre se o presidente tentou de forma indevida interferir em uma investigação federal.