De acordo com o ranking de saúde financeira dos estados, elaborado pelo Tesouro Nacional, a maioria dos governos locais tem baixa capacidade de cumprir seus compromissos. A situação é preocupante em Alagoas e Rio de Janeiro, que tiveram as piores avaliações do Tesouro e tiraram a menor nota.
A Macroplan cruzou informações de 28 indicadores, como déficit habitacional, taxa de desemprego, cobertura de saneamento, índice de transparência e até o trâmite de processos judiciais dos 26 estados e Distrito Federal.
Pode-se concluir que estados terão que lidar com orçamentos mais rígidos e com pouco espaço para investimentos, já que a situação fiscal se tornou mais crítica em comparação com o período que compreendia entre 2004 e 2014 – quando a situação econômica era muito mais favorável.
Segundo Gustavo Morelli, diretor da Macroplan, “pela quantidade de recursos disponíveis, os estados tiveram melhorias muito heterogêneas e, em muitos casos, abaixo do esperado – precisam de uma agenda de reformas para avançarem”.
Para superar os desafios da gestão estadual, reformas estruturais são essenciais, sendo a da Previdência a principal delas. Se as condições do setor previdenciário forem mantidas, a necessidade de cobertura dos crescentes déficits dos antigos sistemas de previdência estaduais desencadeará a insolvência das contas de todos os estados.
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