Algumas pessoas que circulavam na praia do Sobral, no último fim de semana, ficaram intrigadas com uma mancha escura no mar. O fenômeno observado pelos transeuntes é conhecido como floração ou bloom de algas marinhas, comum nessa época do ano por causa das chuvas.
Técnicos do Gerenciamento Costeiro do Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA/AL) estiveram no local na egunda-feira (4), para verificar a causa da mancha e identificaram o fenômeno.
“O bloom é uma proliferação excessivas de organismos planctônicos, resultante de uma disponibilização de nutrientes”, explicou Ricardo César, coordenador de Gerenciamento Costeiro do IMA.
De acordo com o coordenador, os nutrientes são transportados do Complexo Estuarino Lagunar Mundaú-Manguaba (CELMM) para o mar. “Acreditamos que as chuvas levam os nutrientes para rios e lagunas e, por fim, chegam ao mar”, disse Ricardo César.
O coordenador esclarece que, dependendo das espécies que proliferaram, algumas podem ser tóxicas, como as cianobactérias. Mas, após coleta e análise realizadas pela equipe do laboratório do IMA, os técnicos constataram que se tratam de microalgas que não apresentam riscos à saúde dos banhistas.
“Não identificamos a presença de organismos tóxicos nas manchas. A espécie identificada trata-se de uma diatomácea da ordem Biddulphiales, que não representa risco. Entretanto, como medida de precaução, a população deve evitar o banho nas áreas com presença dessas manchas”, advertiu Ricardo César. A equipe de Gerenciamento Costeiro do órgão deve monitorar o fenômeno.
Agência Alagoas