A defesa do ministro do Planejamento, Romero Jucá, confirma que ele teve um encontro com o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, mas nega que o objetivo da conversa tenha sido traçar um plano para conter o avanço da Operação Lava Jato.
Segundo o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, a conversa entre os dois foi “totalmente republicana”. Ele alega que o peemedebista jamais teve a intenção de interferir nas investigações sobre o esquema de corrupção em contratos da Petrobras.
Segundo Kakay, “juridicamente” não há “nenhuma gravidade” no que teor da gravação que foi divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta segunda-feira, 23. “Em 1h15 de conversa, aquilo é o que virou notícia? Isso não nos preocupa em nada”, disse.
Em entrevista à rádio CBN na manhã desta segunda-feira (23), Romero Jucá afirmou que o trecho no qual cita “estancar as sangrias” com Machado se referia ao cenário econômico do Brasil e não à investigação da Lava Jato. “Eu sou o maior interessado que a investigação ocorra com rapidez”, disse ele, que foi citado na delação premiada do senador cassado Delcídio Amaral. Segundo a sua versão, a “delimitação” dita durante a gravação diria respeito a especificar quem cometeu crimes e quem seria inocente.
Durante a entrevista, Romero Jucá negou que vá colocar seu cargo à disposição ou pedir demissão, e disse continuar trabalhando normalmente na aprovação da nova meta fiscal do governo Michel Temer. Ele não sabe quem teria gravado os diálogos, uma vez que as conversas ocorreram pessoalmente e apenas entre os dois.
iG