Após se reunir com líderes partidários, o presidente do Senado, Renan Calheiros, anunciou na tarde desta segunda-feira (9) que dará continuidade ao processo de impeachment na Casa, mesmo após a decisão do presidente da Câmara, Waldir Maranhão, de anular a votação feita no plenário no último dia 17 de abril. Com isso, a votação no Senado segue agendada para a próxima quarta-feira (11).
Sobre a decisão tomada por Maranhão, Renan diz que a palavra dos parlamentares proferidas no plenário são livres: “não caberia a mim interferir no discurso dos parlamentares”. Para o presidente do Senado, a comunicação é etapa posterior ao ato já concluído, e que não poderia a formalidade tornar nulo ato prévio.
O peemedebista disse que em 1992 a Câmara informou o Senado por meio de um ofício, e não por meio de uma resolução. “Como podemos dizer que aquela valeu, e a atual não teria valido?”. Renan lembrou ainda que todos os presidentes desde Collor sofreram pedidos de impeachment.