Agentes da Fundação Casa de São Paulo, em greve desde sábado (7), vão manter a paralisação por tempo indeterminado. De acordo com líderes do movimento grevista, funcionários das 150 unidades da Fundação Casa em todo o estado aderiram à paralisação, mas continuam respeitando a determinação da Justiça de manter 70% do efetivo trabalhando. O Tribunal Regional do Trabalho impôs multa de R$ 100 mil por dia em caso de descumprimento dessa medida.
“No fim de semana, só os funcionários do pátio trabalham e então só eles aderiram à greve. Hoje tivemos uma adesão maior do que a esperada, com funcionários da pedagogia, psicologia, manutenção e todos os outros setores”, disse o presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Casa (Sintraenfa), Aldo Damião Antônio.
A categoria reivindica 42% de reajuste salarial, aumento do vale-alimentação, realização de um novo concurso para contratação de mais profissionais, redução da jornada de trabalho de 40 horas semanais para 30 horas, licença maternidade de 180 dias, além de outros 65 itens.
A assessoria de imprensa da Fundação Casa informou que o atendimento aos adolescentes nos centros socioeducativos de todo o estado se mantém dentro da rotina, sem prejuízo às atividades pedagógicas, ao atendimento de saúde e psicossocial e à alimentação e higiene, assim como a visitação dos familiares. Segundo a Fundação Casa, entre 2005 e 2015 a instituição concedeu “sucessivos aumentos” que somam 76,22% no período.
Agência Brasil