O mercado financeiro espera que o presidente do Senado, Renan Calheiros, acelere o rito de tramitação do pedido de impeachment, caso ele seja aprovado neste domingo (17) na Câmara, para que o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP) assuma o mais rápido possível.
A avaliação do mercado é que, aprovado na Câmara, o processo de impeachment será aceito pelo Senado.
Segundo um analista, enquanto o Senado não aprovar a admissibilidade do pedido de impeachment, caso ele passe na Câmara, o país terá uma situação “estranha de dois presidentes”.
Pelo calendário oficial, se aprovada neste domingo, a autorização para abertura do processo de impeachment pode ser enviada no dia seguinte ao Senado. A leitura do pedido poderia ser feita na terça-feira (19).
A partir daí, seria criada no Senado a comissão que votaria um parecer sobre o pedido de impeachment até o dia 5 de maio. Depois, aprovado pela comissão, o parecer seria enviado ao plenário, que pode votá-lo em dois dias. Seguido este roteiro e o pedido sendo aprovado também pelos senadores, a presidente tem de se afastar por 180 dias. Temer poderia assumir interinamente até o dia 10 de maio.
O temor do mercado e do grupo de Temer é que Renan Calheiros acabe aceitando pressões do Palácio do Planalto e prolongue este processo, que poderia se arrastar até quase final de maio.
Folha de S.Paulo