O governo e o PT avaliaram que a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello, obrigando a Câmara a dar continuidade ao pedido de impeachment do vice Michel Temer, favorece a presidente Dilma Rousseff. Em conversas reservadas, auxiliares da petista dizem que a decisão passa à opinião pública a impressão de “contaminação” da linha sucessória e de “fragilidade” das acusações envolvendo os decretos orçamentários, base do processo de impeachment que tramita na Câmara contra a presidente.
Para o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), a decisão reforça a tese de que tanto Dilma quanto o vice não deveriam ser alvo de processos de deposição no Congresso. “As razões para um impedimento do Michel Temer que estão sendo apresentadas são as mesmas para Dilma. Se nós achamos que não há crime de responsabilidade naquele que está sendo argumentado, não vale para ela e não vale para ele.”
(Com Estadão Conteúdo)