O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou nesta sexta-feira (4) que “a nação passa por um período delicado de sua história” e defendeu que as “instituições devem guardar os limites de suas atribuições legais”.
Em nota oficial, o peemedebista afirmou ainda que qualquer politização ou radicalização, independente da origem, neste momento é um desserviço ao país.
Sem mencionar a 24ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta sexta, ou a ação da Polícia Federal contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta sexta, Renan afirmou em nota oficial que “qualquer investigação precisa ser conduzida dentro do respeito à lei e à Constituição Federal”.
Renan é investigado em pelo menos seis inquéritos no STF (Supremo Tribunal Federal) que apuram o seu envolvimento com a Lava Jato.
O peemedebista já foi citado na delação do ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Segundo ele, em 2012 Renan tratou pessoalmente, sem intermediários, de suposto repasse de propina proveniente da Petrobras e teria reclamado da falta de repasse de propina por parte do delator.
Para Renan, “o momento impõe a todos, especialmente aos homens públicos, serenidade, equilíbrio, bom-senso, responsabilidade e, sobretudo, respeito a legalidade”.
Como parte das ações da 24ª fase da Lava Jato, Lula foi alvo nesta sexta de mandados de condução coercitiva (quando o investigado é levado para depor e depois liberado) e busca e apreensão em seu apartamento em São Bernardo do Campo e foi encaminhado ao aeroporto de Congonhas, em São Paulo, onde prestou depoimento.
Folha de S.Paulo