A nova fase da Operação Lava-Jato que realizou buscas e apreensões na casa do ex-presidente Lula na manhã desta sexta-feira (4), em São Paulo, elimina mais um nome da lista de políticos envolvidos em investigações. O presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB) poderá ser o alvo de ação semelhante nos próximos dias. Ele já é investigado pela mesma operação e uma nova denúncia corre pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Na noite de terça-feira (3), o ministro Edson Fachin liberou o voto – cujo conteúdo não foi divulgado – sobre a denúncia do Ministério Público contra o senador por peculato e uso de documentos falsos na hora de justificar renda suficiente para pagar pensão à jornalista Mônica Veloso. O caso envolve um relacionamento extraconjugal do parlamentar, revelado em 2007, que fez Renan perder a Presidência do Senado à época e quase lhe custou o mandato.
O voto de Fachin era esperado desde janeiro de 2013, quando o caso ainda estava sob a relatoria do presidente do Supremo, Ricardo Lewandowski. Desde aquela época, o ministro não votou se receberia ou rejeitaria a acusação. Quando Lewandowski assumiu a Presidência do STF, alguns processos foram remetidos a outros gabinetes. Em julho de 2015, com a posse de Fachin, o caso ficou com ele.
O processo deve ser pautado em breve, segundo fontes do STF. Os ministros vão decidir se recebem ou rejeitam a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR). Em caso positivo, Renan, que já é investigado na Lava-Jato, passará a ser réu em uma ação criminal.
Redação com Estado de Minas