O ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Edinho Silva, disse hoje (26) que a campanha de Dilma Rousseff à Presidência em 2014 “jamais teve qualquer atitude que não fosse dentro da legalidade”. O ministro fez a afirmação ao ser perguntado sobre possíveis impactos da prisão, nesta semana, do publicitário João Santana em ações que tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) contra a campanha de Dilma.
“Fui coordenador financeiro da campanha da presidenta Dilma. A campanha arrecadou dentro da legalidade, de formas ética e transparente. Asseguro que, na campanha de 2014, nada de ilegal ocorreu. A campanha jamais teve qualquer atitude que não fosse dentro da legalidade. O TSE julga em cima de fatos, de materialidade e não em cima de ilações, de especulação ou de uma investigação que, muitas vezes, é utilizada para disputa política. Confio no tribunal e nos ministros”, acrescentou o ministro.
Edinho Silva, que participa do encontro do Diretório Nacional do PT em um hotel no centro da cidade do Rio de Janeiro, também criticou setores da oposição pelo uso político das investigações da Polícia Federal. “Não é toda a oposição, onde tem gente responsável, preocupada com o Brasil, com os rumos do Brasil. Setores da oposição se apropriam das investigações para fazer luta política”, afirmou.
Ele falou também sobre divergências entre o governo e integrantes do PT. Segundo Edinho, tanto o país quanto o partido precisam de unidade. “O que o Brasil precisa nesse momento é de unidade. Só vamos superar nossas dificuldades com unidade. Da mesma forma, o PT também só vai superar suas dificuldades com unidade. O PT não sai da crise sem o governo e o governo precisa do PT para tirar o Brasil da crise.”
Em relação à posição do governo durante as negociações para aprovação, no Senado, do projeto desobrigando a Petrobras de participar da exploração da camada pré-sal, o ministro informou que “o governo entrou num processo de negociação dentro do Congresso Nacional, o que é normal. A presidenta Dilma não mudou suas posições nem suas convicções. Ela continua entendendo que o pré-sal tem papel estratégico, da mesma forma que o PT pensa. O que ocorreu, efetivamente, foi um processo de negociação.”
Sobre divergências entre membros do PT e o governo acerca da agenda econômica, Edinho Silva esclareceu que a presidenta defende a mesma agenda que o partido. “Nós temos um governo que é de coalizão. Muitas vezes, o embate no Congresso Nacional obriga o governo a dialogar com outros partidos, a construir posições com outros partidos. Não significa que ela não defenda a agenda do PT. Da mesma forma, não significa que o PT não defenda o governo”, concluiu o ministro.
Agência Brasil