O pedido da AES Eletropaulo, de aumento extra nas contas de luz na cidade de São Paulo, foi negado hoje (23) pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A alta das tarifas além do previsto pelo calendário normal, chamada de Revisão Tarifária Extraordinária, afetaria 6,5 milhões de consumidores na capital.
A Eletropaulo solicitou o aumento, argumentando que a elevação seria necessária devido a um desequilíbrio financeiro na empresa.
Entretanto, segundo relatório emitido pela Aneel após análise do pedido de revisão, não estaria caracterizado esse desequilíbrio de modo a justificar a alta nas contas dos paulistanos. O faturamento anual da Eletropaulo chega a R$ 15,1 bilhões.
O preço da energia de Itaipu sofreu redução em 2016 para acomodar as diferenças de câmbio. A Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), encargo que financia subsídios ao setor e que desde o ano passado deve ser bancado em sua maior parte pelos consumidores residenciais, também teve seu orçamento reduzido para este ano.
No mês passado, a Aneel negou os pedidos de aumento feitos pelas distribuidoras CPFL Paulista, CPFL Leste Paulista, CPFL Piratininga, CPFL Mococa, CPFL Santa Cruz, CPFL Sul Paulista e CPFL Jaguari. Elas atuam no estado de São Paulo e integram o grupo CPFL Energia
A Agência Brasil tentou contato com a AES Eletropaulo, mas não obteve resposta até a publicação da matéria.