O Papa Francisco afirmou nesta quinta (18) durante sua visita ao México que Donald Trump, um pré-candidato à Casa Branca, “não é cristão”. O pontífice fez a acusação por causa da proposta do magnata americano de resolver o problema da imigração ilegal construindo um muro na fronteira.
Questionado por repórteres sobre a proposta de Trump de deportar milhões de imigrantes ilegais e fazer um muro para separar os EUA do México responde que “uma pessoa que pensa apenas em construir muros, não importa onde quer que seja, e não em construir pontes, não é um cristão”, disse Francisco, que não citou nomes. “Isso não está no evangelho”, finalizou.
Obviamente era uma referência a Trump. Em seguida, o papa foi perguntado se os americanos católicos deveriam votar em alguém com as “ideias de Trump”, o Papa insistiu: “Não vou me envolver. Digo apenas que esse homem não é cristão se disse coisas assim”.
O assunto continua repercutindo na imprensa mundial. Mais tarde, Donald Trump disse que é “vergonhoso” um líder religioso questionar a fé de outra pessoa.
O pré-canditado, que afirma ser da igreja presbiteriana, emitiu um comunicado, dizendo: “Se e quando o Vaticano for atacado pelo Estado Islâmico, algo que seria o seu troféu final, prometo a vocês que o Papa desejaria e rezaria para que Donald Trump fosse presidente, pois isso não aconteceria. O Estado Islâmico seria erradicado, ao contrário do que está acontecendo agora com toda essa conversa [de Obama] e nenhuma ação política”.
Sua nota encerra dizendo: “Me orgulho de ser cristão e, como presidente, não permitirei que o cristianismo seja constantemente atacado e enfraquecido”.
Além de ocupar parte das manchetes dos jornais, o imbróglio entre Francisco e Trump virou “meme” nas redes sociais. O principal motivo é por que o papa mora no Vaticano, uma cidade-Estado localizado em Roma, que desde a Idade Média possui um muro para separá-lo da Itália.
Ano passado, quando visitou os Estados Unidos, Francisco havia pedido que o país recebesse de braços abertos os imigrantes, especialmente os que fogem da perseguição no Oriente Médio. Por sua vez, o Vaticano não fez nenhuma contribuição financeira para minimizar a crise humanitária que a Europa testemunha. Aceitou receber duas famílias de refugiados (da Síria e da Eritréia) para viverem temporariamente em seu território. Com informações de Christian Examiner e Breitbart