Reformas propostas para a Fifa ainda iriam deixar o poder nas mãos das associações nacionais e confederações, afastando jogadores, torcedores e clubes, informou o sindicato mundial de jogadores nesta quarta-feira
“A estrutura monopolista do futebol será ainda mais estabelecida sob as falsas reformas propostas”, informou a FIFPro em comunicado. A Fifa faz parte de um grande escândalo de corrupção, com investigações criminais ocorrendo nos Estados Unidos e Suíça.
Quarenta e uma pessoas, muitas delas presidentes de associações nacionais, e entidades foram indiciadas nos Estados Unidos e o próprio comitê de ética de Fifa suspendeu autoridades, incluindo seu presidente, Joseph Blatter. Entre os investigados estava José Maria Marin, ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) preso na Suíça.
Um Congresso extraordinário da Fifa em 26 de fevereiro irá eleger o novo presidente e irá realizar votações sobre reformas que buscam prevenir futuros escândalos.
A FIFPro, que representa mais de 60 mil jogadores profissionais pelo mundo, informou que as reformas falharam em dar aos jogadores, torcedores e clubes a voz que precisavam na Fifa. “Haverá mais poder ainda nas mãos das confederações e associações nacionais da Fifa que foram a fonte de corrupção e da pior crise da história da Fifa”.
Reuters