Uma entrevista concedida pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, à Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira, 25, trouxe declarações polêmicas, entre elas, sobre o presidente do Senado Federal, o alagoano Renan Calheiros (PMDB).
Sob a afirmação do ex-ministro Delfim Netto, que defendeu, em artigo publicado na Folha, que a presidente Dilma Rousseff deve enfrentar o Congresso para destravar a agenda econômica e impedir que o desemprego aumente, Kátia Abreu concordou com colega político.
“Acho que ele está correto. Existe, por exemplo, a lei nº 8.666, das licitações. Não tem um problema dentro do Congresso [em relação a isso], porque foi feita, de propósito, numa comissão especial, e eu fui a relatora. Todo dia ligo para o [presidente do Senado] Renan [Calheiros], que fala: “Eu vou pôr [na pauta]”. Tem alguém que não quer que mude e pode ter certeza que é no setor privado. Por que essa pauta apresentada pelo Renan [Agenda Brasil], e que o Brasil conhece há tempo, não anda?”, questionou.
A ministra também defende que as exportações sejam a saída para a crise econômica brasileira e diz que, para isso, o país precisa ser mais “ambicioso e agressivo” e acabar com a proteção contra concorrência externa para alguns setores.
“Dizem que para uns viverem outros têm que morrer. Quando você abre um mercado, é claro que uns adoecem e outros falecem, mas é o jogo”, justificou a ministra, que tem como meta elevar a participação do agronegócio brasileiro no comércio mundial de 7% para 10% até 2018.
Redação com Folha de S.Paulo