Em novo balanço divulgado nesta terça-feira (12), o Ministério da Saúde informou que os casos suspeitos de microcefalia causada por zika vírus chegaram a 3.530, uma alta de 11% em relação ao número da semana passada – 3.174 (foram notificados até 2 de janeiro). Essas ocorrências, que estão espalhadas por 724 municípios do Brasil, foram computadas desde o início das investigações, em 22 de outubro de 2015, até o último sábado (9).
Além disso, o Ministério também confirma quatro mortes no Rio Grande do Norte por malformação congênita relacionados ao zika vírus. Outros 46 óbitos de bebês com microcefalia que tenham possível relação com o vírus estão sendo investigados, todos na região Nordeste.
Das quatro mortes confirmadas, duas foram aborto e outras duas de bebês que morreram nas primeiras 24 horas de vida. Sabe-se que esses recém-nascidos nasceram no intervalo entre 37 e 42 semanas de gestação. Os casos, que estavam sendo estudados pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), tiveram amostras positivas no teste laboratorial de PCR para o zika vírus.
Segundo estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), as quatro mães apresentaram febre e manchas vermelhas durante e gestação. Essas duas evidências reforçaram a hipótese de relação entre a infecção pelo zika vírus e a ocorrência de microcefalia.
Atualmente a circulação do vírus está espalhada em 20 Estados do País: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, São Paulo e Tocantins. O Distrito Federal também tem casos de zika vírus autóctone, ou seja, com transmissão dentro do Estado.
iG